A Rio+10, realizada em Johannesburgo, destacou o papel do setor privado na consecução do desenvolvimento sustentável. Com a agilidade que lhe é peculiar, o mercado criou mecanismos para encorajar posturas empresariais neste sentido. Dentre essas iniciativas, destaca-se o Dow Jones Sustainability Index, que propicia aos seus integrantes o reconhecimento público de que suas práticas contribuem para o desenvolvimento sustentável.

Permite ainda a participação em fundos especializados, cuja rentabilidade é superior à dos convencionais. A sustentabilidade também viabiliza a obtenção de créditos. A International Finance Corporation - IFC, por exemplo, adota diretrizes sócio-ambientais específicas para cada setor da economia, a serem atendidas na preparação e desenvolvimento do projeto a ser financiado. Ressalte-se que, do total de US$ 3,1 bilhões de recursos liberados pela IFC em 2002, 47% foram direcionados a projetos com nível elevado de sustentabilidade. Finalmente, a sustentabilidade é imprescindível para a participação de empresas brasileiras no promissor mercado de “Créditos de Carbono”, nos termos do Protocolo de Quioto.

Conforme estimativas do Banco Mundial, esse mercado poderá atingir um volume de US$ 20 bilhões por ano. Esse panorama mostra que o desenvolvimento sustentável não mais está restrito ao ideal de ambientalistas. O mercado encoraja as empresas a assumirem o papel que lhes foi conferido pela Rio+10. A sustentabilidade como paradigma empresarial é interessante não apenas economicamente, mas também encerra extrema relevância para o futuro do planeta.