O governo deve arrecadar de R$ 150 milhões a R$ 400 milhões das empresas geradoras de energia eólica, solar e de pequenas hidrelétricas no leilão de descontratação marcado para 28 de agosto.

Os cálculos são da consultoria Thymos, especializada no setor, e do escritório Machado Meyer, que tem um setor de infraestrutura.

Trata-se de um ajuste: geradoras que firmaram compromisso para entregar energia nos próximos anos e que não vão conseguir terminar as obras a tempo ofertam valores para poder rescindir o contrato e escapar de multas.

Com base no andamento das construções, a Thymos prevê que devem ser dissolvidos contratos de 2,2 gigawatts de capacidade instalada, ou cerca de 700 MWs de energia, segundo Thais Prandini, diretora da consultoria.

"Projetos ruins, que iriam atrasar, vão ser eliminados do sistema, e isso abre espaço para novas contratações."

Ou seja, se no leilão for descontratado um valor significativo, acima dos 700 MWs previstos, há possibilidade de o governo comprar mais energia de reserva dessas mesmas fontes, mas de bons fornecedores.

"É um passo para o realismo no setor, para termos uma ideia de qual é a real situação da geração nos próximos anos, de deficit ou superavit de energia", diz Laura Souza, sócia do Machado Meyer.

Outra medida para que se saiba com precisão qual é o futuro do setor, segundo a advogada, é rever as garantias físicas das hidrelétricas.

Notícia na íntegra

Folha de S. Paulo
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/mercadoaberto/2017/07/1904962-obras-fracassadas-podem-render-ate-r-400-milhoes.shtml